quinta-feira, 30 de setembro de 2010
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Encarando a morte... |
1) Nossa legislação é muito vaga e atrasada no que tange a proximidade da morte. Nos é vedado deixar de prestar atendimento em caso de por exemplo uma parada cardíaca, qualquer que seja o diagnóstico e , principalmente, o prognóstico do paciente. Existem sim cuidados paliativos para evitar o sofrimento, mas até quando prolongar uma vida se o paciente tem prognóstico reservado. Oficialmente não podemos desligar máquinas, parar infusões ou deixar de ressuscitar quem quer que seja.
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À espera de um Milagre |
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Sofro só de pensar em sofrer ... |
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A morte de cuecas |
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E você, como quer morrer? |
sábado, 25 de setembro de 2010
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Carrinho Jullien, da Dragger |
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Carrinho que a gente usava na maioria das salas |
A estrutura do pré operatório também era diferente, o Hospital era quase um bairro, dividido em "blocos" ou "prédios", cada um de uma especialidade. Em cada bloco só havia a equipe de cirurgia daquela especialidade e a equipe anestésica, que faziam TODO o trabalho de pré e pós operatório, não havendo outra especialidade. Fazíamos tanto a consulta pré op. com todos os exames como o plantão na UTI pós op.
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Bagunça de línguas na Torre |
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Nosso cirurgião predileto. |
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Nossa Chefe na Vascular |
terça-feira, 21 de setembro de 2010
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Dr Hugo entrando no hospital em Paris |
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Meu chefe no Pitiè |
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Pintura em uma Salle de Garde |
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Acho que alguns franceses precisam de terapia... |
Óbvio que também saíamos no fim de semana pra passear, visitamos Barcelona, Munique, Genebra, Amsterdam, Brugges, mas o passeio mais bacana que fizemos foi ao Mont Saint Michel e Vale do Loire, de carro. Imperdível.
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Mont Saint Michel |
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Vista da chegada |
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um dos ambientes |
domingo, 19 de setembro de 2010
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La Pitiè Salpetrière |
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Dr Hugo desembarca em Paris |
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Eu apanhando da língua francesa no Mac |
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Eu, Rafael e Humberto aguardando chamado do hospital |
L'Amour toujours l'Amour... |
domingo, 12 de setembro de 2010
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Foto minha no trabalho |
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É preciso uma faculdade para ajeitar um foco |
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Qualquer um pode fazer o que o anestesista faz |
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O que seria de nós sem café? |
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Dr Hugo em campo |
5) Por fim, atualizar seus investimentos em bolsa de valores, por exemplo: Dizem que não existe ser humano mais ganacioso que o anestesista. Para ilustrar: Como esconder uma nota de 100 dólares de:
a) Um clínico: Não precisa esconder, ele não sabe como é.
b) Um ortopedista: Ponha num livro, ele nunca achará.
c) Um cirurgião: Ponha no leito do paciente, ele não vai lá.
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Esses anestesistas só pensam em grana... |
"Entre infindáveis horas de tédio, é nos minutos de sufoco que o anestesista faz valer seu salário..." - frase de um cirurgião desconhecido.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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True Blood, série americana de sucesso |
Mas porque deste posicionamento? Trata-se de uma das interpretações que a bíblia dos cristãos oferece, exemplo:
Levítico 7:26, 27 "E não deveis comer nenhum sangue em qualquer dos lugares em que morardes, quer seja de ave quer de animal. Toda alma que comer qualquer sangue, esta alma terá de ser decepada do seu povo.
- Outro exemplo:
- "As Testemunhas mencionam ainda que esta lei de Deus sobre o sangue não deveria ser desconsiderada nem mesmo numa emergência. Lembram que alguns soldados israelitas, em certa crise em tempo de guerra, mataram animais e ‘foram comê-los junto com o sangue’. Apesar de parecer uma questão de emergência, ainda assim considerou-se esse acto como pecado contra Deus. (1 Samuel 14:31-35)"
- Não precisa ser um gênio pra saber que esses livros foram escritos numa época em que não havia transfusão de sangue, então a interpretação específica desta religião dita esta regra específica. Algumas considerações:
- 1) A medicina tem muito a agradecer a essa religião, pois esta proibição nos levou a uma excelente casuística de anemias agudas e hematócritos muito baixos, que a medicina achava incompatíveis com a vida. Além disso, os seguidores tem apoio logístico e legal sempre procurando a não transfusão.
- 2) A transfusão piora TODOS os prognósticos de uma internação, como mortalidade, infecção, tempo de UTI, tempo de internação, entre outros, então é boa conduta administrar esses componentes em caso de real necessidade. 3) Em minha opinião, alguém pode decidir o que quer para si, por menos que eu concorde, mas não pode decidir por UMA CRIANÇA, pois esta ainda não tem religião definida, apesar de ser filho de religioso.
- Sou absolutamente contra transfusão sem necessidade, mas temos que nos guiar por razões médicas, e não por um livro que foi escrito por alguma tribo do deserto da Palestina há trocentos mil anos atrás. Assim como respeito a qualquer religião, acho que deveria haver respeito pelo que estudamos e somos preparados pra fazer. Resolução CFM número 1021/1980 diz que em caso de não haver risco de vida, respeitar-se-á a vontade do paciente, não se pratica a transfusão. Caso contrário, em risco de vida, não se deve omitir socorro, pratica-se a transfusão.
- Geralmente, quando há um paciente desta religião em cirurgia eletiva em que HÁ POTENCIAL DE TER-SE QUE PRATICAR A TRANSFUSÃO, me recuso a atender o paciente, pois o CFM nos dá esta prerrogativa. Nunca tive um caso de morte iminente em paciente desta religião, mas faria de TUDO para salvar sua vida, pois assim aprendi na faculdade.
- Casos engraçados que já aconteceram comigo, como sempre. Uma vez, a equipe em que trabalhava no Rio dispensou um paciente desta religião, dizendo que não faria sua anestesia pois ele COM CERTEZA não escaparia de uma transfusão. O cara foi embora puto da vida. Um tempo depois ele volta com a esposa dizendo que iria fazer a cirurgia. Perguntei sobre a transfusão. O cara me responde QUE ELE TIROU FÉRIAS DA RELIGIÃO, que faria a cirurgia depois voltaria...Não tive como não rir...
- Em outras vezes, várias delas, os pacientes, em segredo, nos falam: "Doutor, se tiver que fazer essa merda, faça, MAS NÃO CONTE PRA NINGUÉM, VIU..." ou seja, o problema destes não é a fé, é a CONGREGAÇÃO ficar sabendo...
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Quem na bíblia falou sobre transfusão? |
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Dá pra tirar férias da religião? |
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Doutor, o senhor sabe manter um segredo? |
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Então qual seria o uso medicinal da canabis? E seus efeito adversos? Vamos começar por estes:
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pequena amostra do uso dos canabinóides... |
- Sedação/sonolência
- Boca seca
- Físicos: Visão borrada, taquicardia, hipotensão, fadiga e incoordenação
- Psíquicos: Prejuízo psicomotor, cognitivo e de memória, limitada concentração, ansiedade e pânico, psicose aguda e paranóia.
- Vício. Aqui cabe uma consideração: sempre se ouve falar que a Canabis é a "porta de entrada" para outra drogas. Se refletirmos sobre dados estatísticos, temos: Todos que usam cocaína(por exemplo) começaram pele maconha, certo?Certo, mas mais de 80% das pessoas que usaram canabis e mantiveram o hábito, USARAM APENAS CANABIS pelo resto da vida, ou seja, ela pode levar ao uso de outras drogas ou não.
Agora suas vantagens:
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Como prescrever a canabis? |
- Dor aguda pós operatória: Resultado discreto
- Tratamento de náuseas e vômitos, principalmente nos pacientes oncológicos (câncer) com vômitos por quimioterapia refratários às drogas usuais.
- HIV e Alzheimer: náuseas e retorno do apetite (a popular "larica" ou "lombra")
- Outras: Glaucoma, Doença de Chron, doença de Gilles de La Tourete, lesões medulares, insônia, esclerose lateral amiotrófica, emagrecimento.
- Dor crônica: Fibromialgia, dor neuropática
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Pela nossa legislação, ter um pé é crime... |
Fica a dúvida de como fazer sua prescrição. Atualmente é impossível aqui no Brasil, pois só a encontramos na forma que todos conhecem, ou seja, uso inalatório e na mão de traficantes. Em alguns países já há medicamentos baseados na canabis, mas aqui ter UM ÚNICO PÉ para consumo próprio é crime, quanto mais plantar em larga escala para estudos ou produção de medicamentos.
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Que é isso , minha senhora? |
É isso, o assunto é extenso, só quis aqui estimular uma reflexão que já existe em vários países e dar alguns dados que a população leiga talvez não tenha, não posso esgotar a discussão. Como já foi dito, também não é intenção estimular o uso de qualquer droga que seja, canabis, álcool ou qualquer outra, mas cuidado, se ao ler este post você sentir uma vontade incontrolável de comer uma lata inteira de sorvete, de dar risadas e ficar com os olhos avermelhados, dirija-se a Unidade de Saú...dirija-se a rede mais próxima e deita, cara...
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Dunga chapado... |
sábado, 4 de setembro de 2010
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Com vocês, a nossa vilã... |
Um pouco de história:
Maconha é uma droga derivada da planta Cannabis sativa, um arbusto de cerca de dois metros de altura, de origem asiática, e que cresce em zonas tropicais e temperadas. Sabe-se que a planta já era usada sob forma medicamentosa na China no ano 7000 a.C. Na Índia, a mesma era grandemente utilizada para curar prisão de ventre, malária e dores menstruais. As propriedades têxteis da Cannabis sativa fizeram com que sua fibra fosse muito aproveitada pelos romanos e gregos na fabricação de tecidos e papel.
O cultivo da planta foi difundido pelo Oriente Médio, Europa e outras regiões da Ásia. Na renascença, a maconha era um dos principais produtos da Europa; os livros de Johannes Gutemberg, o inventor da imprensa, eram feitos de papel de cânhamo. (fonte: artigo na net)
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Proibir ou liberar? |
Começou no início do século XX, principalmente nos EUA, o processo de demonização da canabis, impulsionada pela indústria de fibras sintéticas. Era a droga dos negros, pobres, coisa do demônio. Logo deu-se sua proibição, que foi seguida pelo mundo.
Vou falar de seu uso medicinal no próximo post, aqui queria somente abrir uma reflexão: Porque o álcool e tabaco são lícitos e a maconha não? Senão vejamos, esses são drogas psicotrópicas também, ou seja, agem em centros superiores, dão prazer e tem algum nível de síndrome de abstinência, igualzinho a canabis. No caso do álcool a abstinência é física, ou seja, pode causar sintomas como convulsão e no tabaco é mais psicológica.
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Dr Hugo refletindo após ler este post... |
Você já viu alguém fumar e brigar depois? Mais fácil ela abraçar um inimigo...O dinheiro da venda da canabis hoje em dia vai para contraventores, que usam pra comprar armas. Nas mãos do Estado, teoricamente, os impostos seriam usados para construir hospitais...eu disse e frisei teoricamente.
Não quero aqui fazer apologia de qualquer droga, essa é somente minha opinião, e como já falei, ela não muda o mundo. Sobre outras drogas, como cocaína e crack, penso de forma diferente. Até o próximo.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
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foto minha após peridural... |
Em 1884 Sigmund Freud estudava os efeitos estimulantes da cocaína no sistema nervoso central. Carl Koller percebeu que a amostra de cocaína recebida de seu amigo Freud, ao entrar em contato com a língua, a deixava anestesiada. Percebeu ali a possibilidade de utilização de uma solução de cocaína para aplicação tópica em cirurgias oftalmológicas. Koller conduziu então, juntamente com Gustav Gartner estudos com sucesso em olhos de sapos, coelhos e cachorros. Tendo sido uma das primeiras aplicações dos anestésicos locais.
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August Bier |
Em Dezembro de 1884, Willian Halsted e Richard Hall realizaram bloqueios de nervos periféricos bem como do plexo braquial.
August Bier utilizando-se da técnica descrita por Heinrich Quincke realizou a primeira cocainização deliberada da medula espinhal. Permitiu inclusive que seu assistente, Hildebrandt, realizasse uma punção lombar nele mesmo. Em seguida os papéis se inverteram e Bier realizou uma punção em Hildebrandt. Ambos apresentaram cefaléia após a experiência. A cefaléia inicialmente fora atribuída às comemorações pelo sucesso em obter anestesia com a técnica empregada. Mais tarde ficou mais claro que a cefaléia pós punção da dura-máter relacionava-se à perda de líquor pelo orifício realizado. August Bier e Theodor Tuffier dividem o mérito do início da então chamada raquianestesia (fonte: Wikipédia)
Os maiores anseios que rondam essa anestesia são a dor de cabeça (cefaléia pós raque) e os sintomas neurológicos) . Todo mundo tem uma avó ou tia velha que contam histórias do sujeito que ficou paraplégico após tomar uma raque.
A incidência de sintomas neurológicos é baixa e são na maioria das vezes transitórios, são complicações inerentes ao procedimento, pois todo e qualquer procedimento em medicina tem riscos, por menores que sejam.
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exemplo de agulha utilizada na anestesia condutiva |
O tamanho das agulhas utilizadas assusta a população leiga, pois são obviamente bem maiores que as agulhas tradicionais, sem as quais seria impossível acessar os espaços pretendidos na coluna.
Lembro de uma vez, quando começou o hábito de deixar os pais entrarem em salas de cirurgia para assistirem os partos de seus filhos, eu fui fazer uma raque para uma cesariana e o pai segurava a mão da gestante, sua esposa. Quando eu saquei a agulha de raque e ele a viu, caiu por cima da mulher desmaiado, derrubou minha bandeja de bloqueio e quase derruba a mãe, foi um escarcéu na sala. Ainda tive que escutar, após melhora do pobre pai, os xingamentos da esposa chamando ele de "viadinho" pra baixo. Após este fato, passei a permitir a entrada dos pais somente após a anestesia realizada e a paciente preparada e coberta com os campos.
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Cuidado com o que fala com o anestesista... |
Procuramos sempre que possível sedar bem os pacientes antes da punção, para oferecer conforto e amnésia. Este procedimento pode levar a algumas "confissões" constrangedoras . Uma vez entrou em sala um paciente que ia fazer algum procedimento ortopédico, não lembro qual, com raque. O cara era muito forte, tatuado, causou frisson entre as auxiliares de enfermagem. Sedei o cara, virei ele de lado e anestesiei. Após o início da cirurgia, ele acordou e começou a falar. Quanto mais eu sedava , pior. A certa altura, o cara começou a falar que eu era lindo, que se me pegasse acabava comigo, que eu era gostoso, etc. Começaram os risos na sala, e eu não tive outra opção senão passar a anestesia pra geral...Já tinha visto muita coisa, mas sair do armário na minha frente foi a primeira...
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Foto minha na visão do paciente... |
Precisamos de um pouco de história pra entender toda a mitologia que se esconde por trás desta entidade maligna que é a anestesia. Já em 1800 o químico inglês Humphry Davy se livrou de uma dor de dente, aspirando protóxido de azoto, o "gás hilariante", usado até hoje como adjuvante em anestesia geral e em anestesia dentária em alguns países (como no vídeo do David aí embaixo...), mas ninguém levou em consideração a ideia de Davy que aquilo pudesse ser usado em intervenção cirúrgica.
Em 1823 o médico inglês Henry Hickmann tentou com sucesso anestesiar cães com bióxido de carbônio, mas este levava a intoxicações mortais. Em 1842 Crawford Long, médico rural em Jefferson, EUA, fez seus pacientes inalarem éter para operar sem dor, e não atinou que tinha feiro a descoberta que iria abalar o mundo, e continuou a clinicar no campo. Em 1845 o dentista Horace Wells fez uma exposição fracassada com uso do gás hilariante.
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Morton, Warren e a primeira tentativa pública bem sucedida. |
Bem, acontece que a administração do éter ou de qualquer outro anestésico que tenha sido criado até hoje, para colocar o paciente em estado de inconsciência, imobilidade e analgesia necessita de monitorização contínua dos sinais vitais, e tínhamos à época somente o pulso, sentido por palpação, a ausculta e pressão arterial e...mais nada...
A entidade do especialista em anestesia não existia, esta era muitas vezes feita pelo próprio cirurgião, um auxiliar, um farmacêutico ou qualquer um disponível sob as ordens do médico principal. Levando-se em conta a pobreza de recursos de monitorização, o pouco entendimento do funcionamento dos anestésicos, assim como irracionalidade em seu uso, lógico que a mortalidade era altíssima, índice que foi decaindo com a evolução da tecnologia e farmacologia, criação de especialidade médica da anestesiologia, das sociedades de classe e da própria técnica cirúrgica.Ainda falta falar dos mitos da anestesia condutiva (raque ou peridural) mas isso fica pro próximo...
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Certo, Dr Hugo!!!! |
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