segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Fazia tempo que eu não contava causos, deu saudade.Todos os fatos aqui contidos são reais, mas os nomes serão preservados por motivos óbvios: não aguento mais dar dinheiro pra advogado...


Tenho hábito de, quando alguém faz ou fala algo óbvio, fingir que jogo uma sardinha de prêmio para um golfinho famoso da TV. Fiz isso com uma enfermeira uma vez:
 - Muito bem Flipper, taqui sua sardinha...
A senhorita começa a fazer um barulho peculiar, fingir que equilibrava uma bola no nariz e bater palmas.
  - Querida, isso é uma FOCA!
  - E o Flipper era o que, não era uma foca? disse, tensa.
Foca?
Pano na cena





 Casualmente uma vez passei o olho na prescrição pós operatória de um residente de oftalmologia, de uma paciente diabética e notei que faltava a insulina conforme dosagem de glicemia.
  - Jovem, você esqueceu de prescrever a insulina regular.
  - Ah, tá...
 A anta vai e escreve: "esquema de insulina". Olhei e ri:
  - Jovem, você esqueceu de dizer as dosagens...
  - Mas a enfermagem sabe...
  - Pode até ser, mas o médico é você, a prescrição é sua, a enfermagem não pode fazer o que der na telha...
Tapirus terrestris, a anta.
  - É, só que EU não sei...


Nota: A super especialização dos médicos tem claras vantagens, mas é claro que só nos atualizamos em nossa área. Não sou capaz hoje de internar e tratar de um doente HIV complicado, por exemplo, sem pedir ajuda. Isso não nos exime de saber o básico, que usamos no dia a dia, como no causo.




Num carnaval qualquer em Salvador, um amigo, hoje ortopedista e dono de clínica no Rio de Janeiro, estava usando Xenical. Pra quem não sabe, é um remédio para emagrecer que inibe a absorção da gordura dos alimentos. Acontece que não se deve fazer refeições com muita gordura quando em uso, pois se ela não for absorvida, vai sair por algum lugar...
   Estávamos no quarto prontos pra sair, esse colega, que até já foi citado em post anterior, entra, se joga na minha cama fazendo um estardalhaço e joga as pernas pra cima. O barulho característico que se seguiu foi quase ao mesmo tempo do "AI MEU DEUS!!!" Assim que baixou as pernas, as calças brancas arruinadas pelo jato, correu pro banheiro enquanto eu e mais dois rolávamos no chão de rir.
   Foi depois disso que passei a considerar mais um tipo de evacuação: a merda em spray...




   Idos dos anos 70, um médico qualquer, hoje um senhor respeitável, num plantão qualquer está tendo, digamos, um intercurso com uma auxiliar de enfermagem qualquer na sala de gesso do hospital. Esse colega é internacionalmente conhecido por seus dotes naturais, o homem é uma aberração da natureza, seu apelido nas internas era "Dr. Cabo". A madame era o seu tipo: mulata e bem fornida, ancas largas, segundo o próprio, "uma mulata do Sargentelli".
   No meio da coisa ela, provavelmente no clímax, começa a gritar alto:
   - Cabo é o caralho, você é capitão, CAPITÃÃÃÃÃÃOOOO!!!!
Capitão e seu fuzil...
Por pouco não foram pegos.

Existe uma piada sobre esse colega: Conta a lenda urbana que ele estava com uma constipação violenta, já tinha ido a vários especialistas, mas ficava dias sem ir ao banheiro.
   Já desanimado, tentou uma última vez. Após contar seu caso, o médico o interpela:
 - Quando o senhor, senta no vaso, coloca seu pênis pra dentro ou fora do vaso?
  - Pra dentro...
  - É isso, ao ver aquela enormidade, a sua saída do trato digestivo (também conhecido pelo símbolo do cobre) não consegue se abrir, experimente colocar essa aberração pra fora.
Pronto, problema resolvido

2 comentários:

@edumasuda disse...

Hahahaha! Muito bom! Excelentes causos!

Edilene Ruth disse...

Hahahahahahahahahaha!!!!!
Já morro de curiosidade sobre o tal Dr. ortopedista e vc vem com outro causo dele.
Hilário!!!
Beijão, Edilene

Quem sou eu

Médico, anestesista, ateu e peão

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